segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

que a memória não me fuja




o Natal terá sempre para mim o sabor ímpar da infância,
será sempre o cheiro de uma lareira a arder na envolvência de uma noite fria,
será sempre as minhas faces ruborescidas pelo calor dessa mesma lareira que ardia,
as travessas de loiça antiga, tão antiga, nas quais se dispunham o bacalhau, as batatas e as couves, estas últimas que eu mesma tinha ajudado a apanhar horas antes, ou julgara eu que ajudava.

lembro-me de inspirar aquele ar de pureza de campo, em miscelânea perfeita com fumo e inverno e saber no mais profundo de mim que uma das minhas maiores riquezas de vida, seria a memória de tais dias e noites de infância.
a memória de dias quentes de Verão
e,
o cunho eterno de Natais tão simples e tão perfeitos.
e a cada ano que passa nesta época, torna-se inevitável não olhar para trás e avistar ao longe essa miúda que eu fui e sentir-lhe tão bem, a alegria no rosto.




*na foto, a minha miúda, para quem hoje já era Natal.

Feliz Natal para quem aqui passa :)



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