quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

quero acreditar nisto todos os dias

Felicidade não se traça de acordo com tentativas. Não é algo forçado ou feito com esforço.
Não se pode ser quase feliz: ou se é, ou não se é.
Trata-se de um estado intrínseco à alma, que praticamente se funde no sangue e expressa-se num todo de gestos,postura,atitudes, que flui, por si só, naturalmente, sem premeditações.
Portanto, pode-se dizer que a felicidade é um acontecer, que faz-nos manusear a realidade com luvas de veludo.
Não acredito em "meio-termo de felicidade",porque o seu próprio existir não é compatível sob a forma de porções.
Ninguém impõe ( a si próprio ou a terceiros) um estado de felicidade, como praticamente todas as coisas boas da vida, que não são impostas. A imposição não é compatível com agradabilidade .
Felicidade é querer muito viver o hoje, o amanhã e muitos amanhãs na nossa vida .
A pior forma de felicidade que existe é a dissimulada,que possivelmente se traduzirá num erro nosso, numa parca sensibilidade, num nível de exigência exagerado: é chegarmos à constatação de que fomos felizes, e não o sabíamos.
Tenho a certeza de que uma das metades desse "copo"  depende de nós. A outra metade cabe à sorte, destino, aos próprios desígnios da vida. E eu acredito nisto. Mesmo.   




terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

fugir á rotina

não sou pessoa de pedir coisas exuberantes,para me sentir aos pulos por dentro.
basta um dia lindo de sol (como o de hoje,e atrevo-me a quase prometer não voltar a dizer que gosto de chuva,pois já estou farta dela até ao tutano!), caminharmos por sítios novos, entusiasmarmo-nos em uníssono, fazer projetos dos bons, e parar por um bocado para as delícias de um lanche com ingredientes de requinte.
são as pequenas coisas que fazem com que um dia,seja em grande. :)



*chá de gengibre e chocolate + tosta de queijo brie,mel,nozes e rúcula
...uma combinação que jamais se esquece!


*adoro casas loucas, fora de série. Mas somos nós,que as habitamos,que lhes damos a alma. É bom não esquecer isso*
imagem via pinterest

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

tenho medo

porque isto agora é que vai ser.
para uma "photo addict" como eu, ter à mão de semear um aparelhinho espectacular, que me permite tirar logo ali,naquele instante,a fotografia,captar o momento e filtrá-lo como me aprouver....ui!
tenho a dizer que tombei de forma apaixonada pelo instagram. No fundo eu já o sabia, desde que começaram a aparecer as primeiras fotos. Era só uma questão dele vir parar ás minhas mãos e sabia que "estaria feita".
portanto tenho medo de me tornar irremediavelmente instagramólica e começar a tirar fotos desenfreadamente, ao ponto de se desenvolver uma séria patologia psíquica em mim.
se notarem isso,por favor sejam meus amigos e avisem,porque como a paixão cega, penso que não estarei apta a vê-lo... :)
como tal,a partir de agora também andarei por aqui:  http://instagram.com/claudiacarreiro



domingo, 9 de fevereiro de 2014

wild is the wind

Há coisas que começam com bem menos. Outras que precisam de muito mais para começar.
Nós começámos com um encontro. Um jantar . Um cinema. Pouco mais de um par de horas e já eramos nós.
Bastou-nos tão somente isto e a nossa história começou, no dia 9 de Fevereiro de 2009.
Nunca tinha percebido o significado da expressão "o 1º dia do resto da tua vida" até esse dia.

Trata-se do primeiro dia da nossa existência em que sentimos que aquilo (até então) para o qual  não encontrávamos nexo, nem razão, afinal teve/tem a sua razão de ser e sentes-te capaz de recostar a cabeça, querendo ficar nesse lugar para sempre.
E para sempre é muito tempo.


quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

das coisas bonitas e com um quê de mistério



este não é um cenário de um filme. nem produção para uma revista. nem nada ficcional.
este é um apartamento parisiense,pertencente a uma socialite da altura,que por altura da segunda guerra mundial, deixou a sua casa...assim,tal como nos mostram estas fotografias. A senhora que morreu aos 91 anos, continuou a pagar a renda, mas nunca mais regressou à sua casa,que só agora foi aberta.
as condições perante as quais abandonou o apartamento,não sei. O porquê de nunca mais ter regressado é uma incógnita .
o que resta, é uma autêntica cápsula do tempo,cheia de tesouros,trespassando os anos com desígnios de charme.

fotografias retiradas daqui





sábado, 1 de fevereiro de 2014

is this just me...?

por vezes tenho vontade de pegar em mim e nos amores da minha vida e fazer algo completamente diferente: novos espaços. novos afazeres. novas caras.
rumar em direcção à certeza do incerto e darmo-nos ao luxo de novos ares, só porque a vida é só uma, o tempo afoga-se no próprio tempo e parece não haver tempo para o que de mais importante existe,começando por nós próprios. 
porque é tão urgente viver. viver sem contar as horas que faltam para acabar mais um dia de trabalho chato. viver sem contar os dias que faltam para o final do mês. viver sem contagens de espécie alguma.
desde miúda que tenho um fascínio tremendo em habitar, nem que fosse só por temporadas, em sítios que de alguma forma me apaixonaram à primeira vista.
se de repente me tornasse financeiramente excêntrica,era isso que faria: coleccionaria casas,por cada terra que visitasse e pelas quais me apaixonasse.
citando as palavras da Natália Correia, "onde vos retiver a beleza de um lugar, há um deus que vos indica o caminho do espírito".  e há sítios onde parece nos revermos ao espelho, nós e o espírito.

e depois penso que isto são só disparates da minha cabeça,que a vida que eu tenho é muito boa e que afinal, as "arestas" a serem limadas são de outra envergadura . passo a vida em brainstormings possíveis, para que as possa limar. e também é por isto que me lembro tantas vezes daquele poema do Pablo Neruda, que diz que "morre lentamente quem não arrisca o certo pelo incerto, para ir atrás de um sonho".