terça-feira, 15 de dezembro de 2015

este post não é para todos



vós que sois fãs e submissos a um belo bife do lombo, rodízios e picanhas, parem aí a leitura, porque este post não é para vocês.
não há carne nos meus repertórios alimentares quase desde o momento em que eu descobri que afinal, aquilo que eu tanto gostava chamado "arroz de cabidela", não era derivado das árvores ou da terra, mas que na verdade era sangue. Sangue da galinha com a qual eu teria andado a brincar na semana anterior, lá na quinta dos meus avós, o sítio de uma infância feliz.
não pude exterminar por completo a carne da minha ementa, porque na altura a minha mãe, dado eu ser ainda muito novinha, não achou muito correcto. Mas comia a contragosto.
com o tempo (e não demorou assim tanto tempo quanto isso), abandonei sem qualquer pena a carne, dos meus hábitos alimentares.
trata-se de uma opção de vida, que tal como todas as opções de vida que não ferem, nem prejudicam ninguém, é merecedora de ser respeitada (isto porque já me envolvi em acesas discussões com pessoal ávido de carne e que não respeita, pura e simplesmente, quem lhes mexe com os gostos/opções pessoais).
convivo muito bem com esta minha escolha, que simultaneamente se traduz num modo de vida, não porque é bem, nem porque é moda, mas porque é algo que sinto visceralmente.
e quando assim é, não há mais nada a dizer.

*na foto : um salteado de soja, grão de bico e alho francês, que por acaso estava bem bom.  

2 comentários:

  1. Olá Cláudia, espreitei este blog através de outro, estou a gostar do passeio, aliás também tenho uma pancada por casas, mas casas onde mora gente e não laboratórios, agora com este post é a cereja no topo do bolo, excelente receita, aqui por casa também não entra carne desde há uns dez anos, estamos sempre a tempo de evoluir, pois cada vez que o homem sonha o mundo pula e avança. Beijinhos

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Olá Ana! sê muito benvinda aqui, à minha "casa" :) passeia à vontade...! beijo***

      Eliminar