sexta-feira, 15 de julho de 2016
que raio de dias são estes ?
já lá vai o tempo,
em que os dias se faziam quase ao som de uma poesia pastoral, salvo o pânico das doenças, o horror de uma guerra, o fanatismo antissemita de um louco nazi.
o problema não é o louco- maestro que rege a orquestra. O problema é a quantidade monstruosa de súbditos assassinos, um número maldito, ávido de morte e destruição, com alvos maioritariamente escolhidos ao acaso.
já lá vai o tempo em que os dias não eram balas, e a vida, ainda assim, estava ela longe de ser uma roleta-russa.
já lá vai o tempo em que os prenúncios de morte chegavam montados em cenários tenebrosos, e toda a gente sabia para o que vinham.
hoje, os prenúncios de morte já não existem, porque a morte chega, acontece e decapita, em cenários genuínos de festejo e alegria.
já não há prenúncios, apenas a ameaça iminente de que o dia que se segue, pode muito bem ser a bala da nossa roleta .
como se já não fôssemos donos de nada.
mas os loucos, esses, continuarão a existir.
#eunãosouNice
#nemsouParis
#nemsouBruxelas
#nemsouBangladesh
#souporummundopobreemviolência
e lamento,sempre, muito, seja em que parte do mundo for.
quinta-feira, 7 de julho de 2016
dar conta do recado
tenho andado mais "arredada", mas somente por bons motivos.
felizmente há muita coisa boa a acontecer, mas, lá está, as coisas não se reproduzem por si, é necessário trabalho, dedicação, vontade, e tempo, uma boa parcela de tempo investido.
noutro dia alguém me perguntava se eu conseguia dar conta do recado.
pois consigo. claro que sim. tenho um papel tão doce, quanto exigente e absolutamente imperativo, que é o de mãe e quanto a isso é impossível descurar seja o que for.
depois, tenho a óbvia consciência que felizmente possuo um trabalho que mais não é do que o meio para atingir o fim do mês, traduzindo-se em independência financeira.
aliás, tudo aquilo que se traduza em independência, é quanto a mim, digníssimo de ser valorizado.
e depois.
depois vem o ócio, o lazer, os afectos para quem nos ama, o trabalho individual, o querer ir mais longe.
já o referi aqui por diversas vezes: a minha paixão mais primária é ler e escrever.
estar envolta em silêncio, como neste preciso momento, e fazer das coisas que mais gosto, vai mais além do que o simples conseguir dar conta do recado, no meio do cardápio (felizmente) recheado que é a minha vida.
no início do ano, fui gentilmente convidada para escrever um texto para a Flanzine, uma revista cultural, que engloba uma série de criações a nível de escrita, fotografia e ilustração, tudo isto em torno de um determinado tema, e na qual têm contribuído nomes grandes do panorama cultural português e não só.
este último número foi uma bonita homenagem a Bowie, o resultado final é excelente e o lançamento aconteceu no passado dia 18 de Junho, na Barraca, em Lisboa.
é um orgulho, claro.
e a certeza de que dar conta do recado, é mais do que desenrascar : é basicamente um lema de vida e não há como ser ou agir de outra forma.
felizmente há muita coisa boa a acontecer, mas, lá está, as coisas não se reproduzem por si, é necessário trabalho, dedicação, vontade, e tempo, uma boa parcela de tempo investido.
noutro dia alguém me perguntava se eu conseguia dar conta do recado.
pois consigo. claro que sim. tenho um papel tão doce, quanto exigente e absolutamente imperativo, que é o de mãe e quanto a isso é impossível descurar seja o que for.
depois, tenho a óbvia consciência que felizmente possuo um trabalho que mais não é do que o meio para atingir o fim do mês, traduzindo-se em independência financeira.
aliás, tudo aquilo que se traduza em independência, é quanto a mim, digníssimo de ser valorizado.
e depois.
depois vem o ócio, o lazer, os afectos para quem nos ama, o trabalho individual, o querer ir mais longe.
já o referi aqui por diversas vezes: a minha paixão mais primária é ler e escrever.
estar envolta em silêncio, como neste preciso momento, e fazer das coisas que mais gosto, vai mais além do que o simples conseguir dar conta do recado, no meio do cardápio (felizmente) recheado que é a minha vida.
no início do ano, fui gentilmente convidada para escrever um texto para a Flanzine, uma revista cultural, que engloba uma série de criações a nível de escrita, fotografia e ilustração, tudo isto em torno de um determinado tema, e na qual têm contribuído nomes grandes do panorama cultural português e não só.
este último número foi uma bonita homenagem a Bowie, o resultado final é excelente e o lançamento aconteceu no passado dia 18 de Junho, na Barraca, em Lisboa.
é um orgulho, claro.
e a certeza de que dar conta do recado, é mais do que desenrascar : é basicamente um lema de vida e não há como ser ou agir de outra forma.
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