Há 1 ano estava assim:
Adorei. Adorei estar grávida,adorei a minha barriga e todas as mutações inerentes a este estado,que é um privilégio exclusivo das mulheres. Mas não quero com isto dizer que tudo foram "rosas" na minha gravidez.
Fiquei "isenta" de enjôos,vómitos e afins...mas em contrapartida,no último mês,tive uma enorme retenção de
líquidos,que me fez perder de vista os meus pés (tal como eu os tinha conhecido até então), os meus tornozelos (deixaram de existir) e as minhas pernas creio que chegaram a pesar,ambas,muito provavelmente aquilo que eu peso agora (ok, será exagero,mas eu fiquei mesmo com um edema absurdo).
Não me restava muito mais a fazer,a não ser gozar com a situação. E sim,eu tenho uma excelente capacidade de me rir de mim mesma e de relativizar aquilo que...é uma questão de tempo e paciência.
Foi o caso. Após 1 semana de ter a minha filha,já tinha perdido 14 kgs,que na realidade,era tudo resumido a líquidos e ao fim de 1 mês,já tinha voltado completamente ao normal.
Mas isto tudo para dizer que,cada gravidez será com toda e absoluta certeza,um testemunho diferente.
Nutro uma profunda admiração pelas mulheres,com "M" grande:
as mulheres convictas,perseverantes,ambiciosas (sem serem trapaceiras,nem invejosas),as mulheres que se esforçam por concretizarem em gestos de quase-malabarismo,um sem fim de afazeres que não podem esperar pelo amanhã,que é sempre longe demais.
Admiro as mulheres que têm uma família em casa e claro está,uma casa para gerir,com tudo o que isso implica (que não é nada pouco) e que ainda assim,não deixam de sentir amor,respeito pelos outros,por si próprias,com um bom teor de auto-estima e boa disposição. A vida não é uma pintura de traços perfeitos,mas a questão fulcral é que os pincéis,somos nós os seus detentores e logo,os autores da nossa própria tela,por isso,salvo excepções que fatidicamente nos ultrapassam,é bom manter sempre os pés no chão e não cair em declínios de lamentações.
Admiro também as mulheres que,não perdem um miligrama do seu estilo próprio e não há gravidez,inércia,barriga gigante que as detenha. Eu admiro isto,mas confesso que pessoalmente,aquilo que eu mais quis na minha gravidez,foi conforto. A minha barriga chamada Leonor, desenvolveu-se mais já as
temperaturas estavam altas,por isso variava entre vestidos e entre "leggings+túnica". Nos pés,quando não andava descalça,usava uns simples chinelos de enfiar no dedo e estava pronta. E confortável. Era tudo o que eu queria e precisava.
Mas gosto mesmo muito de ver futuras mamãs,autênticos ícones de estilo e que capricham para além do simples "bem-estar". O melhor exemplo que já vi,é o
dela. Ainda para mais,já vai na 4ª barriga e continua
a ser um exemplo de estilo.
Aproveito igualmente para dizer,além de tudo isto,que tenho umas saudades imensas da minha barriga,mas obviamente,mais saudades teria de não beijar e contemplar,t-o-d-o-s o-s d-i-a-s,o
tanto,que ela albergava...