quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Este não é um texto feliz



Não me esqueço do estado em que fiquei,quando em criança,a minha mãe me explicou o que era a morte: uma criança dificilmente consegue aceitar que afinal de contas,não se vive feliz para sempre,porque o infinito que o "para sempre" implica, não existe.
Faz parte da vida,é o curso natural da existência,bla bla bla. Uma merda,é o que é.
Não sei lidar com isso e pior,não sei lidar com a degradação humana que uma doença pode causar,tornando-se num suplício tanto para quem a sente na pele ,como para quem está mais próximo.
Já convivo com uma situação destas,muito de perto,há anos e portanto,sei bem do que falo.

Hoje escrevo aqui,em tom de desabafo,como em tantas ocasiões o fiz em papel,só para mim. Porque hoje
fiquei agoniada com a noticia da morte de uma pessoa. Porque seguindo o tal curso natural da existência,essa pessoa supostamente ainda teria muito para dar à vida...e a vida a ela.
E eu não lido bem com injustiças. 

E de facto,perante determinadas coisas,tudo o resto não vale nada.
Posto isto,estou-me a marimbar para o "diz-que-disse",para o euromilhões que nunca sai,para as invejas mesquinhas,para a "tragédia-feita-por-se-ter-perdido-a-tampa-da-caneta",para a "amiga-tão-amiga" que deixou de repente de falar,para a "amiga-da-amiga" que provavelmente por um processo de osmose,deixa de falar também,para o raio que parta  isto tudo que acabei de enumerar,mais outras cenas que tais.

Porque há uma coisa muito fdp,que aparece sem avisar e de repente,tudo o resto...são balelas.


1 comentário:

  1. Apesar de todas as filosofias, crenças, optimismos e outros que tais, o facto é que lidar com a dor e o sofrimento não é fácil, nem é para todos, nem deveria ser para ninguém, muito menos para aqueles cuja vida é tão breve.

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