Resumidamente é isto: se eu não estiver a trabalhar ou a dormir (a minha meia dúzia de horas por noite), então é porque estou...a trabalhar. Sim porque isto de trabalhar tem muito que se lhe diga,é bem mais amplo do que provavelmente muita gente pensa e ter um despertador que nos acorda bem cedo e nos faz sair de casa para um emprego,não é por si só o único sinónimo de "trabalho".
Quem é dona de casa trabalha. E muito. E ingratamente não terá a sua remuneração financeira no final do mês, nem subsídios de qualquer espécie; quem é mãe, "qualificou-se" numa profissão de extrema responsabilidade para toda a vida...e como dá trabalho! mas aqui as compensações são de outra natureza, não há preço possível a atribuir-lhes...
E depois,para além disto,também existem aquelas pessoas que querem sempre fazer mais. Mais do que o emprego que têm, mais do que aquilo que se compõe um dia perfeitamente normal. Mesmo que se tente o impossível, que é fazer esticar o tempo. Tudo em prol da vontade que grita cá dentro e que nos faz acreditar que conseguimos. Vamos conseguir. E não interessa se chegamos ao fim do dia com dores nas costas, na cabeça e parecemos zombies.
O que interessa é chegar ao final do dia com a sensação de dever cumprido. E a "dever cumprido" refiro-me á necessidade que temos enquanto pessoas (e não enquanto simples cidadãos ou contribuintes) de exacerbar os nossos desejos, de delinear e pôr em prática os nossos projectos pessoais. É uma luta, é uma canseira, mas eu acredito sempre que vale a pena.
Caso contrário,eu não teria conseguido pôr a minha vida no sitio onde ela está agora .
E agora e porque faz precisamente hoje 5 anos que a fui ver ao Rock in Rio, Amy Winehouse.
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