Gosto de guardar comigo,seja na memória,seja num bloco de apontamentos,frases que desafiam a nossa interpretação e, obviamente, respectiva reflexão.
Do Oscar Wilde ( para ele,uma grande vénia,sempre!) tenho umas quantas que praticamente já me circulam no sangue, do Vergílio Ferreira (um mestre da escrita,sem dúvida um dos meus preferidos de sempre) também são outras tantas frases,daquelas que de tão fortes,fazem tudo o resto parecer trivial...
Embora tenha sido sempre dada à escrita,houve uma altura em particular da minha vida em que todos os dias escrevia, tinha um caderno na mesa de cabeceira e era assim que dava por rematados os meus dias.
Nessa altura,essencialmente,o gesto da escrita era essencial e altamente pessoal,embora houvessem textos que tenha tornado públicos.
A escrita é uma outra forma que tenho de ver o mundo e por isso compreendo muito bem,quando ouço pessoas dizerem que "por escrito seria mais fácil".
Não quer dizer,lá está,que o "fácil" se traduza por "trivial". Pelo contrário: por escrito poderemos expressar de forma mais completa,mais bela,mais profunda,tudo aquilo que sentimos,numa intensidade inigualável à palavra falada.
E por experiência própria,vos confirmo que assim o é, efectivamente.
É como se passarmos algo para o papel,fosse todo um gesto,um exercício introspectivo,cujas raízes tocam no que de mais íntimo existe em nós.
O significado de tudo, reside na forma como o interpretamos, está no nosso olhar, na nossa própria expressão.
Bom,mas isto é uma mera opinião, vista mediante os meus olhos,claro está...
Mudando um pouco o assunto,há uma série de coisas que me aguçaram a curiosidade na Time Out desta semana e como tal,vou ter de as ver com os meus olhos.
E porque nem só do olhar vive o Homem,passando agora pela música,remato este,digamos, diversificado post, com a música de uma cantora que conheci recentemente e muito francamente...adorei!
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