terça-feira, 22 de maio de 2012

Ai as Casas...

Se há coisa com a qual regozijo o meu prazer,é sem dúvida com casas bonitas.
Mas obviamente que os gostos são relativos,subjectivos e o que eu considero bonito,poderá ter uma beleza dúbia aos olhos de terceiros,porque por exemplo,não exalo espasmos entusiásticos ao entrar numa casa moderníssima,toda "xpto-hdy",com decorações igualmente modernas e minimalistas,equipadas com grande tecnologia e haverá muito boa gente que obviamente não achará muita piada aos meus,digamos,ecléticos gostos.
A minha paixão absoluta em termos de "casas" é o antigo,os tectos altos,trabalhados,o soalho em tábua corrida,paredes encobertas de história; decorações criativas, muito "handmade",combinações imprevisíveis,sem haver o cuidado extremo de "não-pisar-nem-sentar-ali-e-acolá-para-não-estragar"...porque as casas são para serem vividas e desfrutadas.
Por vezes,esbarro no caminho com casas que eu sei que,de certeza,são assim por dentro.Mesmo que estejam quase a cair de podres por fora (é uma pena deixar-se ao abandono e desmazelo tantos edificios bonitos) .
E caso sejam habitadas,como me apetece ter o atrevimento de bater à porta e perguntar se posso dar uma espreitadela e quiçá tirar umas fotos..!
Tal como fez o José Cabral,com o seu "Alfaiate Lisboeta",a fotografar indumentárias e estilos giros,eu seria o mesmo,mas...com casas.
Lembro-me que quando era miúda e já adolescente,a minha ambição não era,ao contrário da maioria (senão,totalidade mesmo) da gente da minha idade,tirar a carta de condução. Era sim ter a casa que fosse o reflexo da minha personalidade,do meu gosto,da minha descontração e à qual eu chamasse "minha".
E que alegria foi quando isso aconteceu! Na altura (há 12 anos atrás) nem sequer se pensava em alugar,era comprar e pronto (pois,os bancos eram uns mãos-largas nessa áurea época).
Depois,eu com as casas da minha vida (podia fazer um registo com este título,era bonito) agi sempre,tal como regra geral o faço com tudo o resto : sem dúvidas e sem ser preciso tempo para pensar na questão; mal a porta se abre,eu penso "pronto,está tudo dito" e será essa,"a tal". E nunca me arrependi das escolhas que fiz,porque eu acredito que a dado momento é assim, dessa forma que as coisas fazem sentido (mesmo que mais tarde e com o tempo,tais escolhas percam todo o seu fundamento,mas isso já são outras histórias...).
E é assim que eu serei sempre,disso também não tenho dúvidas.
"Home is where the heart is"- sempre gostei desta frase,porque é isso que se deve sentir,ter o coração e o principal da vida...dentro de casa. E basta-me isso para ser feliz.






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