quinta-feira, 22 de outubro de 2015

sado-masoquismo

por vezes, mais não somos do que um disco riscado, forçando a todo o custo o deslizar inflexível de uma agulha que teima em distorcer a sonoridade.

por vezes a vida reveste-se da secura de um som que não queremos ouvir
e os nossos dedos assumem a fisionomia disléxica, diante um piano, no qual insistem em tocar na mesma tecla.

over and over again.

não estamos para melodias chorosas, nem compassos transgressores aos hinos triunfantes.

estamos , para fazermos a música que queremos ouvir.
para dançarmos ao som daquilo que nos exalta a vida, saída do recôndito das entranhas
para fazer dos risos diários do que nos faz bem, e de quem nos quer bem, a essência primária do ritmo que nos faz viver.

nem que a tua música mais não seja, do que a paz das coisas quietas.

do que a paz.


 

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