por vezes a vida reveste-se da secura de um som que não queremos ouvir
e os nossos dedos assumem a fisionomia disléxica, diante um piano, no qual insistem em tocar na mesma tecla.
over and over again.
não estamos cá para melodias chorosas, nem compassos transgressores aos hinos triunfantes.
estamos cá, para fazermos a música que queremos ouvir.
para dançarmos ao som daquilo que nos exalta a vida, saída do recôndito das entranhas
para fazer dos risos diários do que nos faz bem, e de quem nos quer bem, a essência primária do ritmo que nos faz viver.
nem que a tua música mais não seja, do que a paz das coisas quietas.
do que a paz.
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