Não se pode ser quase feliz: ou se é, ou não se é.
Trata-se de um estado intrínseco à alma, que praticamente se funde no sangue e expressa-se num todo de gestos,postura,atitudes, que flui, por si só, naturalmente, sem premeditações.
Portanto, pode-se dizer que a felicidade é um acontecer, que faz-nos manusear a realidade com luvas de veludo.
Não acredito em "meio-termo de felicidade",porque o seu próprio existir não é compatível sob a forma de porções.
Ninguém impõe ( a si próprio ou a terceiros) um estado de felicidade, como praticamente todas as coisas boas da vida, que não são impostas. A imposição não é compatível com agradabilidade .
Felicidade é querer muito viver o hoje, o amanhã e muitos amanhãs na nossa vida .
A pior forma de felicidade que existe é a dissimulada,que possivelmente se traduzirá num erro nosso, numa parca sensibilidade, num nível de exigência exagerado: é chegarmos à constatação de que fomos felizes, e não o sabíamos.
Tenho a certeza de que uma das metades desse "copo" depende de nós. A outra metade cabe à sorte, destino, aos próprios desígnios da vida. E eu acredito nisto. Mesmo.
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