sexta-feira, 25 de outubro de 2013

a idade é tão somente nada










Estou a dias de fazer 37 anos.
Jamais verei o reflexo de qualquer combinação de dígitos em mim.
Isto porque ainda revejo na minha forma de ser,convicções e pensamentos com os quais travei conhecimento e moldaram o meu eu, enquanto criança.
Nessa tenra idade, brincava,sonhava,criava ilusões e tinha simultaneamente atitudes de pessoa adulta,posturas determinadas que ainda hoje a minha mãe me confirma e relembra.
Hoje,adulta,tenho fraquezas,laivos de incerteza,momentos de inegável impotência por querer fazer mais,querer poder mais,querer dar mais de mim,querer quebrar o aço gélido do que é injusto e me revolta.
Sou um ser sem idade tangível,contabilizável,quantificada.
Não me posso classificar nem tão pouco reflectir,ou resumir-me tão somente num número.
Sou tudo. E por vezes sinto-me um nada.
Uma partícula ínfima,no meio de biliões de partículas que estão de passagem.
E no entanto não me reduzo. Jamais.

A idade é nada: vejo adultos com birras de miúdos e miúdos a comportarem-se como adultos.
Eu sou uma miúda. Uma miúda em corpo de pessoa adulta.
Uma pessoa adulta que continua a gostar de brincar,sonhar e criar ilusões,como quando era criança.
  

2 comentários:

  1. Claudia o seu último parágrafo é uma grande verdade e por favor continue assim pois será bem mais fácil caminhar por alguns becos mais sombrios que por vezes nos aparecem nas voltas da vida. Be happy ! :)

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