Vi este filme pela primeira vez há uns anos. Marcou-me.
E tal como todos os filmes que me marcam,deixam a sua "pegada" na minha memory lane e só dali a um bom tempo é que os torno a ver. Algo que nos deixa o seu rasto "cá dentro" é para ser respeitado e assente numa espécie de livro de existência pessoal,ao qual recorremos sempre que nos seja necessário.
Voltei a vê-lo porque por estes dias comprei-o,acho que é daqueles filmes que se deve ter e ...caramba,como é tão intensamente marcante e acima de tudo,uma puríssima lição de vida.
Não quero dizer com isto que toda a gente deva livrar-se de tudo,pôr uma mochila ás costas e subsistir no meio da natureza. A lição consiste no facto de tanta gente deste mundo andar perdida no meio de uma vida e de um mundo que não é o seu,correndo seriamente o risco de jamais vir a saber quem é,qual a sua verdadeira identidade.
O verdadeiro conhecimento de quem somos,onde queremos ir,até onde vão os nossos limites e aquilo que queremos ser para os outros,são os pilares de absolutamente TUDO.
Porque ás vezes,é apenas ao sair da chamada "zona conforto",onde quase tudo nos é acedido de forma relativamente fácil,que sabemos exactamente sobre o "onde não queremos estar". E o resto há de fluir.
Agora falando pela minha própria experiência,posso dizer que já o fiz por duas vezes na minha vida. Saí da condição "onde tudo era bem mais simples e confortável",atravessei o temível limbo da incerteza e da interrogação e fui á procura de quem eu queria ser.
Não me arrependi e com todos os problemas e dificuldades,é certo que voltaria a fazê-lo.
e a banda sonora a cargo do Eddie Vedder tem a sua quota parte na marca deixada pelo filme... :)
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