sexta-feira, 26 de julho de 2013
Filha
Há dias conversava com uma amiga sobre o "ser mãe". Eu sou,ela não o é, mas como grande parte das mulheres, claro que o pensa.
O que lhe disse foi que, sem qualquer cliché, era de facto a experiência de uma vida e a mais séria das responsabilidades. E que não valia a pena converter em algo mensurável tal sentimento - de facto só quem o é, só quem o sente na pele,nos poros,no coração,no sangue, é que consegue perceber que não está a exagerar e que talvez, tudo não seja tão cliché assim.
Agora não consigo conceber sequer a ideia de que vivi a maior parte da minha vida, excluindo tal desempenho da minha parte. Como pude pôr tão firmemente a hipótese de que ser mãe era,para mim,carta fora do meu baralho...?
Como poderia eu agora conceber a minha vida...sem ela? é simples: não concebo, é o vácuo.
Este post vem particularmente a propósito de ter lido hoje, num dos livros que ando a ler, as esmagadoras palavras que definiram tão bem a relação mãe/filho, na sua magnânima perfeição:
"...e eu olhei nos seus olhos (...) e soube tão profundamente que o nosso amor era mais imutável do que as rochas, do que a montanha, do que o céu todos os dias, todos os dias, todos os dias até ao fim do último fim depois do fim da eternidade."
in, "Uma Casa na Escuridão" José Luis Peixoto
segunda-feira, 22 de julho de 2013
Razão? qual razão?
Meio mundo contra outro meio mundo, em prol da sua hipotética razão. Do seu poder. Da sua ascensão.
O cerne da questão não está na razão em si mesma,mas sim em algo mui nobre, que vem antes de qualquer outra coisa: humildade. Humildade para reconhecer que erramos, humildade para nos colocar-mos no lugar dos outros e interpretar as coisas sob o seu ponto de vista, humildade para admitir, humildade para ( saber) perdoar.
E enquanto a ganância pela razão perdurar, não há lugar para progressos, seja a que nível fôr.
- não é um atestado de moralidade, é um facto de vida.
domingo, 21 de julho de 2013
Café de Flore
Ainda só vi o trailer, li algumas críticas,mas é o suficiente: quero mesmo ver este filme,cheira-me que é daqueles fortes,com direito a "soco no estômago", como eu gosto.
Como tal,vai-se juntar á minha colecção e eu tenho a certeza que vai valer a pena.
Como tal,vai-se juntar á minha colecção e eu tenho a certeza que vai valer a pena.
quarta-feira, 17 de julho de 2013
Coisas que são a minha cara chapada e não há nada a fazer
imagens Elle.es
Não vale a pena entrar em pormenores sobre o quanto esta singela casinha de campo, é TÃO a minha cara. Creio que só lhe fazia uma alteração, em relação á lareira e tornava-a mais pitoresca, com um ar mais cozy. Adoro lareiras e salamandras ( faz parte do meu lado "rapariga que nasceu no frio",nasci no final de Outubro e identifico-me completamente com a minha estação,que é o Outono).
Mas provavelmente, estando in loco nesta maravilha de casa, eu não mexeria sequer um tapete do sítio,quanto mais a lareira...
sábado, 13 de julho de 2013
Parêntesis de ar fresco
Que é como quem diz, a brasa que se sentia deu tréguas (vamos lá a ver por quanto tempo) e agora sim, estou como um peixe dentro de água.
De repente o chá apetece quente e não gelado, já não há ar condicionado ligado dentro de casa, o pessoal que aqui habita já se encontra meio vestido (e não meio despido), a bebézoca deixou de andar só com a fralda e mangueira do jardim atrás (sim,ela dá-se a si própria banhinhos de mangueira) e quanto a mim, pus de parte a molenguice aliada a 40 graus á sombra e fui deliberadamente,cheia de vontade, para a minha máquina de costura,onde algumas encomendas aguardam ser feitas ( e isto,sem pingar,sem ventoinhas,sem asneirar, devido ao calor insuportável ).
É a mais pura das verdades: sou mais pessoa do frio .
Oooh yeah. Já enviei a recomendação de que no futuro deverei ser escandinava.
Mas o Verão é uma procissão que ainda vai no adro e claro que também tem coisas boas (desde que não me faça sentir que qualquer centímetro da minha pele é adequado para fritar um ovo).
Um destes dias vi na televisão a reportagem de um negócio que existe cá, em Portugal e que num futuro Verão, adoraria experimentar!
Não seria bem explorar a costa australiana numa pão de forma ( sonho meu ), mas não tem problema nenhum...! a carrinha maravilhosa está lá, com toda a sua graça e mística e a costa vicentina é nossa, portuguesa e irresistível.
Agora vou continuar a gozar a brisa refrescante, porque não sei se daqui a dias não me batem 45 graus á porta...
quarta-feira, 10 de julho de 2013
Faz de conta
Ando a tentar fazer de conta.
A fazer de conta que o Verão é muito fixe,que estes pra lá de 40 graus que se fazem sentir há dias não me fustigam a paciência, não me apelam ao cansaço (ainda mais) e que meter-me debaixo do chuveiro de cada vez que aglomero mais de 7 movimentos corporais é das melhores sensações já experimentadas.
Ando a fazer de conta que não reparo absolutamente nada, que o povo pulula ainda mais em meu redor,quer seja no meu trabalho (ossos do ofício, é a época alta), quer seja no meio das filas de trânsito, quer seja nos supermercados...tudo é Verão,camisola de alça,chinelo no pé e transpiração a rodos.
E por mim,podia muito bem o termostato descer 10 graus,que continuaríamos a ter um belo e acima de tudo, (bem mais) suportável Verão.
Arre.
Adiante. Faço de conta que tudo isto acima mencionado é irrelevante e eu vou atravessar este acalorado episódio sazonal com uma rosa na mão.
Enquanto este filme decorre, de vez em quando faço uns pequenos intervalos no jardim da minha casa,onde há sombra, água, verde, livre de densidade populacional, livre de trânsito. E paz,muita paz.
Ando também a tentar fazer de conta que os Depeche Mode vão tocar daqui a dias e eu não me ralo nada por não os ir ver (muito francamente, após tantos anos a ir a concertos,já não estou muito certa da minha resistência e também paciência...)
Posto isto e ao contrário do que possam pensar, eu estou de óptimo humor e boa disposição...é que nisto eu não sou nada boa a fazer de conta: ou é...ou não é*
ps. não podia deixar de desejar aqui um grande bem haja á alma que decidiu divulgar (baseado obviamente em factos bem estruturados) que este iria ser o verão mais frio dos últimos 100 anos: a TI que determinaste esta verdade inabalável,só te digo isto - és grande.
A fazer de conta que o Verão é muito fixe,que estes pra lá de 40 graus que se fazem sentir há dias não me fustigam a paciência, não me apelam ao cansaço (ainda mais) e que meter-me debaixo do chuveiro de cada vez que aglomero mais de 7 movimentos corporais é das melhores sensações já experimentadas.
Ando a fazer de conta que não reparo absolutamente nada, que o povo pulula ainda mais em meu redor,quer seja no meu trabalho (ossos do ofício, é a época alta), quer seja no meio das filas de trânsito, quer seja nos supermercados...tudo é Verão,camisola de alça,chinelo no pé e transpiração a rodos.
E por mim,podia muito bem o termostato descer 10 graus,que continuaríamos a ter um belo e acima de tudo, (bem mais) suportável Verão.
Arre.
Adiante. Faço de conta que tudo isto acima mencionado é irrelevante e eu vou atravessar este acalorado episódio sazonal com uma rosa na mão.
Enquanto este filme decorre, de vez em quando faço uns pequenos intervalos no jardim da minha casa,onde há sombra, água, verde, livre de densidade populacional, livre de trânsito. E paz,muita paz.
Ando também a tentar fazer de conta que os Depeche Mode vão tocar daqui a dias e eu não me ralo nada por não os ir ver (muito francamente, após tantos anos a ir a concertos,já não estou muito certa da minha resistência e também paciência...)
Posto isto e ao contrário do que possam pensar, eu estou de óptimo humor e boa disposição...é que nisto eu não sou nada boa a fazer de conta: ou é...ou não é*
quinta-feira, 4 de julho de 2013
Take this Waltz
Queria ver este filme. Já estava listado há um tempo. E hoje foi o dia.
Creio que já disse algures por aqui, o quanto eu gosto de histórias cruas, imprevisíveis, simples, quotidianas, em que facilmente nos reconhecemos nelas e nas quais o "final feliz" não tem necessariamente de existir.
Este filme é assim, para além do regalo que foi para os meus olhos, toda a parte de cenários, guarda- roupa, pequenos detalhes decorativos que obviamente sugaram a minha atenção e a certa altura, já não sabia se lia as legendas, ou se me deliciava com a casa da Margot.
Cada vez mais sou da opinião que a Michelle Williams se adequa perfeitamente a um registo menos comercial, como este .
Conclusão,foram quase 120 minutos muito bem passados.
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