Para quem me conhece bem,o momento em que anunciei que estava grávida,foi no mínimo de espanto.
Isto porque ao longo da minha vida,sempre fui muito renitente relativamente á questão de ser mãe,basicamente assustava-me a ideia de ter uma criaturazinha indefesa totalmente dependente de mim,a precisar da minha atenção constante,do meu apego,da entrega de todo o meu instinto maternal.
A questão,lá está,é que eu nunca dei por mim a ter tal instinto,logo tudo o resto relacionado com o assunto seria inviável...e não se pensava mais nisso.
Mas aquilo que muitas vezes nos esquecemos,é do quão imprevisível pode ser o futuro: quando pensamos que conduzimos o leme do barco que é a nossa vida,surge a "correnteza" do destino ou seja lá o que fôr,que nos "leva o barco" noutra direcção completamente diferente.
Foi assim que aconteceu comigo. E ainda bem. É que não consigo imaginar uma vida,esta minha vida,sem ter passado por esta sensação desmesuradamente boa,de amar tanto este pequenino ser,que tanto de mim depende.
E o mais irónico ? "fui feita" para isto...
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