quinta-feira, 30 de maio de 2013

Trabalho: a essência dos dias



Resumidamente é isto: se eu não estiver a trabalhar ou a dormir (a minha meia dúzia de horas por noite), então é porque estou...a trabalhar. Sim porque isto de trabalhar tem muito que se lhe diga,é bem mais amplo do que provavelmente muita gente pensa e ter um despertador que nos acorda bem cedo e nos faz sair de casa para um emprego,não é por si só o único sinónimo de "trabalho".
Quem é dona de casa trabalha. E muito. E ingratamente não terá a sua remuneração financeira no final do mês, nem subsídios de qualquer espécie; quem é mãe, "qualificou-se" numa profissão de extrema responsabilidade para toda a vida...e como dá trabalho! mas aqui as compensações são de outra natureza, não há preço possível a atribuir-lhes...
E depois,para além disto,também existem aquelas pessoas que querem sempre fazer mais. Mais do que o emprego que têm, mais do que aquilo que se compõe um dia perfeitamente normal. Mesmo que se tente o impossível, que é fazer esticar o tempo. Tudo em prol da vontade que grita cá dentro e que nos faz acreditar que conseguimos. Vamos conseguir. E não interessa se chegamos ao fim do dia com dores nas costas, na cabeça e parecemos zombies.
O que interessa é chegar ao final do dia com a sensação de dever cumprido. E a "dever cumprido" refiro-me á necessidade que temos enquanto pessoas (e não enquanto simples cidadãos ou contribuintes) de exacerbar os nossos desejos, de delinear e pôr em prática os nossos projectos pessoais. É uma luta, é uma canseira, mas eu acredito sempre que vale a pena.
Caso contrário,eu não teria conseguido pôr a minha vida no sitio onde ela está agora .


E agora e porque faz precisamente hoje 5 anos que a fui ver ao Rock in Rio, Amy Winehouse. 




domingo, 26 de maio de 2013

Everything is wonderful

Não é não, mas se everything fosse wonderful, tudo seria demasiado previsível e um tédio.
Esta semana em particular, foi penosa: basicamente começou com uma bebé constipada e depois foram a mãe e o pai torturados com uma gripe implacável, na semana em que se regressou ao trabalho,após uns dias de férias que passaram a voar. Não é fácil trabalhar doente.
Isto tudo,como cenário de fundo de questões prementes para serem resolvidas e que por vezes parece não terem resolução possível.
Já dizia um escritor da nossa praça que "viver cansa" e é verdade. Por vezes a vontade seria autenticamente pedir umas férias a este viver que cansa...mas lá está,sem passarmos para "o outro lado" e sempre com  a oportunidade de regressar.
Os blogues não têm de ser obrigatoriamente, a meu ver, um desfile de textos e fotografias cor de rosa. Não tenho nada contra aqueles que o são,bem pelo contrário...! Há um ou outro que fazem parte dos meus favoritos e aos quais sou assídua, pois se forem bem feitos ( e claro está, sem cairem em exageros),têm a nobre capacidade de nos abstrair positivamente e consequentemente, de nos inspirarem.
Mas este é o meu blogue e embora não seja qualquer espécie de diário, livro de revelações ou muro das lamentações, é aquilo que eu sou. Nele escrevo sobre a vida, em todas as suas abrangências,desde a mais pequena, á mais relevante; porque as pessoas também se reflectem e sentem-se identificadas ao lerem coisas menos alegóricas e mais cinzentas.
Portanto,foi uma semana dura, a acordar muito cedo, com garganta a doer, a voz por um fio, o nariz martirizado, noites mal dormidas e questões prementes que ainda estão por ser resolvidas.
O que vale é que eu nisto tenho um quê de Scarlet O'Hara e acho mesmo que after all,tomorrow it's another day. Amanhã será, para além de um novo dia, o começar de uma nova semana e...mais uma canseira!
Boa semana a quem passa por aqui* :)

e hoje lembrei-me desta,que era uma das minhas preferidas no inicio dos anos 90 (ou seja, há anos-luz atrás, quando ainda era uma teenager, isenta de problemas e no entanto, é a fase em que temos em nós todos os problemas do mundo...)



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quarta-feira, 22 de maio de 2013

Beethoven versus Benigni - ou as coisas que nos marcam




Um é cru, despido de tabus, forte, descaradamente cruel, ruidoso, amargo.


O outro é poesia, ternamente doce, um sonho de criança, uma das maiores delícias cinematográficas.



 
 No entanto, têm em comum a questão moral, fazer actuar a nossa consciência enquanto seres humanos; lembrar o facto de que não estamos sozinhos no mundo, que o nosso nariz e umbigo não são os únicos e  que as nossas acções terão sempre o reverso da medalha;
lembrar que com parcos meios,mas que com um espírito riquíssimo e grandiosidade interior, poderemos fazer da mais terrível das situações, um cenário menos negro e acreditar sempre no dia de amanhã...mesmo que no fundo não saibamos ao certo se tal amanhã vai existir.

Estes são dois dos filmes da minha vida (dentro de uma lista de mais uns poucos) , que em nada estão relacionados, á excepção de uma coisa: marcam. E de que maneira.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

As "ganas" dos dias

Acordar sem força anímica. Ficar literalmente enjoada com uma série de coisas que têm inevitavelmente de ser feitas e não apetecer nada fazê-las. Ter de engolir alguns sapos. Arranjar estofo para eventuais cataclismos.
Mandar isto ás urtigas e acordar exactamente o oposto daquilo que acabei de referir.


Let's face it * Let's go girl







aaahhh!!! quem me dera acordar com estas ganas todos os dias!!!

E também me deu ganas de puro altruísmo e resolvi dar um presente.
Pois é,hoje estou assim e espero que amanhã e depois de amanhã também esteja,porque se há dias de "ganas",também há dias de neura e esses eu não os quero para nada.
E hoje a banda sonora é dentro deste registo.  
 
 
 

terça-feira, 14 de maio de 2013

Porque basicamente tudo se resume a isto



É tudo uma questão de "alimento". Se esta iniciativa individual e que por vezes requer um certo esforço,não existir e apenas resignarmo-nos a uma atitude egoísta e acomodada,será decerto muito complicado pôr os pés fora da cama e fazermo-nos á vida.

domingo, 12 de maio de 2013

O Algarve que eu gosto









O Algarve que eu gosto, é isento de luxos, hotéis 5 estrelas, resorts, restaurantes caros, grandes iates e discotecas a bombar.
Rumámos ao sul por uns dias, em direcção a um Algarve rústico e tranquilo, com praias quase desertas, com a sardinha assada no terraço de casa e cerveja acabada de sair do frigorifico, foi fazer o passeio até á ilha num barco com mais de 20 anos, foi andar com as "traquitanas" todas ás costas e aos ombros (com uma criança, a logística é mesmo muito grande),parar numa tasca ao pé da praia para comer um corneto de morango e ver uma menina de 20 meses feliz , no meio de uma imensidão de grãos de areia.
E depois, a alegria ao chegarmos a casa. Ir de férias é bom, mas confesso que sempre gostei da sensação de regressar, de voltar ao meu espaço e áquilo que é meu. 

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Todos temos um lado criativo






E este é o meu lado criativo e esta é a minha casa,na revista de verão do Ikea Family Live.
Basicamente,tudo começou em Fevereiro de 2011,estava eu no inicio da minha gravidez e recebo uma mensagem da equipa Ikea,através do flickr, na qual me perguntavam se eu estaria interessada em que a minha casa figurasse na revista. Lembro-me de estar tranquilamente a comer uma maçã e quase me ter engasgado.
Respondi imensamente agradecida pelo convite,mas na altura expliquei que estávamos exactamente em fase de mudanças,pois a família iria aumentar. Então ficou combinado que quando a família cá de casa estivesse já devidamente instalada,eu entraria em contacto com eles.
E assim foi.
Este é mais um pequeno exemplo de que há coisas boas que acontecem quando menos se espera...e eu nada de mais esperava enquanto comia aquela maçã.
Entretanto,ao ver agora estas fotos,que datam de Setembro,constato que de facto ando sempre a trocar as voltas ás coisas...é que já está tudo um bocadinho diferente cá em casa. Mas afinal,os lados criativos que habitam dentro de nós são mesmo assim,não são? :)

domingo, 5 de maio de 2013

A minha vida tem um nome


Praticamente  posso dizer que respiro por ela, o que faço é por ela, se penso duas vezes é por ela, se deixei de tomar actos irreflectidos é por ela, vivo por ela, para ela e absolutamente mais nada é prioritário...a não ser ela.
De há 20 meses para cá,que a minha vida tem um nome e chama-se Leonor.
O nosso grande Amor.
E de há 20 meses até então,o dia da mãe,também passou a ser o meu dia.
E que bom que é sê-lo todos,mas todos os dias...