segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

que venha daí o 2014


Nestes últimos dias,andei mentalmente a fazer um balanço resumido deste ano que termina.
Não foi um ano extraordinário,mas muito francamente decidi fazer o tal balanço,à luz da teoria do "copo meio-cheio", e não à visão redutora e castradora do "copo meio-vazio".
Portanto,2013 foi um ano em que: não houve problemas de saúde, não faltou nunca comida na mesa, riu-se (na maior parte dos dias), disfrutámos daquilo que temos, da melhor maneira possível,nunca nos lamentámos pelo outro tanto que gostaríamos de ter,mas que não temos (ok,à excepção de mais umas largas horas de descanso e tempo disponível) e a miúda que reina nesta casa cresce lindamente a olhos vistos.
Sim,2013 não foi super-mega-fenomenal,mas a verdade é que também não foi mau.
Hoje em dia e cada vez mais,catalogo como "mau", algo que abana abruptamente o chão que pisamos.
E felizmente, o nosso chão, embora não sendo imaculado, não nos tem faltado.
Assim sendo,estou preparada para 2014: só preciso da continuação do bom que tive este ano e que enumerei acima e preciso de me fazer acompanhar da minha agenda e respectivo caderno de anotações,meus amigos inseparáveis,tendo em conta que a minha outrora tão boa memória,já começa a ressentir-se.
No tal caderno em branco,já o estreei com uma frase de minha autoria :
 confio na fluidez dos dias, sem que com isso me resigne ao conformismo.  

Bom ano!

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

os melhores presentes

são livros.
Já o disse aqui várias vezes, e enquanto existir,continuarei a dizê-lo. Os livros são as minhas prendas requisitadas,esperadas,recomendadas e desejadas,prendas essas que descubro e desembrulho num recato natural. A euforia essa, é toda canalizada no momento em que a minha miúda abre, com uma mestria infantil delicada, as suas próprias prendas - aí,eu sou miúda outra vez e faço do entusiasmo dela,o meu próprio entusiasmo.
Os livros que destaco do meu lote natalício, são estes:


The New Artisans
*para quem aprecia artesanato e todo o produto derivado da criatividade,aqui está um livro excelente,que exibe uma mão cheia de artesãos de todo o mundo,com as suas variadíssimas criações. E Portugal encontra-se também aqui e muito bem representado.





 Contos Completos dos Irmãos Grimm
* são 1000 páginas que mal soube que existiam,entraram para a minha wishlist. Já tenho uma colecção infinita de histórias ( e das boas!) para ler a ela.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

agora é a vez do natal






Pronto. É dia 23 de Dezembro,a contagem decrescente iniciou-se,o Natal está mesmo a bater à porta,cá em casa está tudo bem, por isso vamos lá festejar. É que há aqui uma pequenina que, já deu para perceber que adora tudo o que seja festa,música,palhaçada e "reinação". Estamos cá para lhe fazer essa vontade,com todo o prazer deste mundo.
Por isso, não deixem que este espírito de festa se limite apenas aos mais pequeninos e partilhem-no genuinamente,com vocês próprios e com quem mais amam,com muitas doses de riso à mistura.
Acredito cegamente que é isto que se leva de melhor na vida, e não o "iphone xptohdy" ou a playstation ou seja lá que treta fôr que implique muitos euros.

Um Natal cheio destes bons e alegres momentos para vocês que por aqui passam :)

sábado, 21 de dezembro de 2013

o que resta



Confesso que nesta última semana não me lembrei do natal,a não ser pelas luzes e pela parafernália circundante de todo um espírito que forçosamente se impõe e que como tal,serviram para criar lembretes na minha consciência.
Confesso também que, esta foi uma das semanas mais pesadas que já tive. Foram dores de outros, dores alheias,dores imensas e indecifráveis de quem perde tudo e que eu,pela proximidade e afecto, as senti quase como minhas.
São estas experiências de vida, que traduzem simultaneamente, a grandeza e a fragilidade da nossa existência: a fragilidade deste limbo entre um mundo e outro; a grandeza, de valores tão gigantes,quanto o humanismo no seu estado puro, a amizade, o companheirismo, o "saber estar lá para tudo".
A Grandeza de quem tanto perdeu, mas que abarca em si toda a força do mundo para continuar, fazendo com que a maior das atrocidades pareça um poema, um poema belo e triste.

Tudo o resto,guarda-se cá dentro.
Para o resto da vida.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Quando o pior de tudo acontece

É surreal.
Surreal a forma sob a qual, por vezes a vida se escreve em estranhos desígnios, desafiando as próprias leis da existência. Escreve-se segundo coordenadas macabras e com vocabulário que nem sequer foi inventado. Porque os inventores das palavras não conseguiram qualificar,adjectivar,nomear quem perde um filho. Há um nome para quem fica sem pais: órfão. Há um nome para quem fica sem o seu cônjuge: viúvo.
Não há nome para se dar a quem perde um filho. Porque não era suposto acontecer .
Porque de todos os acontecimentos anti-natura que existem no mundo, este é o mais duro de todos.
Depois disto não há mais nada: o chão dilui-se debaixo dos pés, o céu azul deixa de fazer sentido e o coração,que batia dentro e fora do corpo de um pai/mãe, morre definitivamente,juntamente com a vida tremenda que se apagou.
Depois de se perder um filho, não se consegue perder mais nada, porque já se perdeu tudo. 
Para sempre.
E de todos os retornos impossíveis,este é o mais impossível e aterradoramente esmagador.


    à memória do V.  (2012-2013)
















quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Bonecas

Quando era pequena gostava de bonecas,mas não tanto quanto gostava de livros e de legos.
Agora, tenho o meu amor-maior, a minha boneca de cabelos louros e olhos azuis,que adora livros, legos e quanto a bonecas, quer apenas uma: a de pano,que lhe foi oferecida quando ainda era um bebé com poucos dias e que desde então não a larga. Não quer mais nenhuma,apenas a boneca Camila. A Camila, que desconfio chegar a ser uma réstea de trapo gasto pelo uso e pelo tempo, e no entanto continuar a existir singularmente no coração da minha boneca.
Faz-me lembrar o cobertor inseparável do amigo do Charlie Brown.
Faz-me desejar que estes deliciosos vestígios de criança espalhados pela casa fora, não desapareçam nunca, faz-me querer abraçá-la a ela, a minha boneca de cabelos louros e olhos azuis e cristalizar o tempo,para que para sempre, seja ela pequenina. Ela, a minha boneca.
Também eu adoro bonecas de pano, e mesmo a propósito, hoje descobri no blogue da Mariana, uma maravilha onde para além das bonecas,há todo um universo terno e apaziguador, que me agrada muito.
E que seja eterna a criança que vive dentro de nós.










   

Estabelecer prioridades

Estabelecer prioridades e relativizar muita coisa. Muita coisa que merece ser relativizada.
Escreve-vos uma pessoa que não,não é o suprassumo do zen, que não está sempre e nem sempre esteve na boa onda do peace & love.
Escreve-vos uma pessoa que cada vez mais se esforça por o ser (zen) e por o estar (peace & love).
E concluo também,cada vez mais, que este processo de amadurecimento interior,é tanto mais compensador,quanto mais "pequenas" dificuldades e entraves e Seres negativos, nos circundem.
E quem me conhece bem,sabe que isto não é só conversa, nem o paleio-cliché típico de quadra natalícia.
Problemático é quando o chão nos falta

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

it's Christmas time

 Tenho saudades dos tempos em que era eu a criança e vivia a temporada natalíca,tal como uma criança a deve viver, impregnada de alegria e muito,muito entusiasmo.
Não sendo eu mais essa criança, esse legado de magia deixo-o inteiramente á minha filha,que ainda dando os seus primeiros passos conscientes nestas andanças natalícias,já se apercebe de que há muita coisa especial e fora do habitual á sua volta.
Assim sendo,o dia de preparação para a entrada do natal cá em casa,foi uma tarefa demorada e com a.....

.............cadência natural que a presença de uma criança de 2 anos curiosa,permite.
 "Não faz mal,está tudo bem". - tem sido esta a minha frase mais frequente nos últimos tempos.
Porque é a mais pura verdade. Dentro deste pequeno-grande mundo,que é a nossa casa, quase que nos esquecemos do que se passa "lá fora" e por instantes,acreditamos que o universo inteiro é mesmo perfeito e tudo é justo e se conjuga da melhor maneira.
Cada vez menos perco tempo a pensar no que não interessa. E nunca me foi tão natural e fácil fazê-lo,como agora.
Prefiro perder-me em pensamentos bons e admirar o que de bom se passa á minha volta.

 . a árvore cá de casa




.nem a cozinha escapa



 . a "desajuda" preciosa deste pequeno e maravilhoso Ser



 .vista deliciosa no terraço de ternuras felinas



.um livro que me chegou hoje ás mãos e que é um regalo, para quem gosta de cozinhar com ervas aromáticas. Parabéns Patricia pelo excelente trabalho e obrigada pela dedicatória :)


let's just keep it simple.  

e como comecei este post,falando do meu saudosismo natalício,quando era criança, vem mesmo a propósito esta música,remetendo-me ao natal de 1984.



sábado, 30 de novembro de 2013

velha e louca

Constatação mais do que óbvia: estou a ficar velha.
Constatação cada vez mais recorrente: creio estar a ficar louca.
Ou se trata de uma espécie de esquizofrenia, ou de síndrome alienígena, ou de gestos obsessivos-compulsivos, ou de alzheimer precoce.
Ou então será da hora madrugadora a que acordo, de todo o trabalho que tenho sempre pela frente, do trânsito que me mói o juízo, das pessoas que encontro ainda mais loucas do que eu e de acabar os meus dias a necessitar de uma recauchutagem completa.
Talvez.
Enquanto isso,haja saúde e boa disposição. That's what rules!




terça-feira, 19 de novembro de 2013

always look to the pratical side of life

Eu sou aquela pessoa que não se queixa do frio. É verdade. Queixo-me muito mais de um dia com temperaturas acima dos 35 graus,do que daqueles que rondam os 10 graus.
E agora estão a acontecer esses dias,cheios de sol, mas frios. Adoro.
Seja como fôr, é óbvio que este frio não é convidado a entrar dentro de casa e por isso fiz um chouriço para a porta de entrada : rápido,económico,eficaz e bonito. Assunto resolvido.



As cadeiras também têm as suas almofadas,por uma razão específica: o people felino cá de casa adora passar horas aconchegado em cima delas. Não me custa nada fazer-lhes a vontade e torná-la (a vontade) ainda mais confortável.


last but not the least: a lua tem estado maravilhosa e para ampliar ainda mais o espectáculo que é uma lua cheia,há que ter o telescópio à mão,que é como quem diz, pertinho da janela.



Mesmo no meu sentido prático de ver as coisas, tem de existir sempre algum deleite. 
   



segunda-feira, 18 de novembro de 2013

as caras de poucos amigos


 Sempre que o tempo me permite, vagueio demoradamente pelo mundo cibernético e lá está, como o tempo não é coisa que abunda aqui para os meus lados,faço sempre uma triagem daquilo que me interessa ver,tal como dos minutos que dispenso para isso. 
Um dos meus interesses vai para a leitura/visualização de certos blogues,que por sua vez me conduzem a outros blogues e pontos de interesse. Em muitos deles surge a divulgação,em forma de desabafo, de comentários que foram feitos (públicos ou não) pelo facto de tais blogues mostrarem tão somente o lado cor-de-rosa da vida, famílias perfeitas,casas idílicas, lugares de sonho, receitas que correm deliciosamente bem e fotografias fantásticas,o que conduz consequentemente a uma distorção da realidade e á susceptibilidade de despertar avidamente o mecanismo da inveja.
Ora bem,o que eu vou dizer a seguir,não é nada de novo,nada de substancial,mas é a verdade tal como ela é:
se eu quiser ver uma galeria de desalento,o lado mais negro da vida,familias devastadas e lugares que roçam o epíteto de inferno na terra,basta-me para isso dedicar-me á leitura/visualização exclusiva de determinados jornais e cadeias noticiosas,onde se for preciso,vão ao local do crime e espectacularizam o ocorrido com o cadáver ali ao lado. Eu sei que isto existe,mas também preciso de saber que há o outro prato da balança,porque é de todas estas ambiguidades que o Ser Humano se constrói ( e infelizmente,por vezes se destrói), aprende e regenera.
Enquanto seres livres,temos a liberdade de opção. E eu opto por me manter informada sem cair em excentricidades sensacionalistas,a par da opção de adorar ver,ler e saber de coisas boas e bonitas.
Mesmo que sejam coisas fantásticas inerentes a outras pessoas e não a mim.
Mesmo que seja alguém a partilhar a casa perfeita,no sítio maravilhoso onde eu sonhasse viver.
Mesmo que sejam as receitas prodigiosas que eu adoraria fazer,mas para as quais não tenho jeito nenhum.
Mesmo que tenha sido a ideia absolutamente engenhosa que alguém teve e não eu.
A minha alma também se alimenta destas coisas boas. Boas para esses outros que as partilham, e que não passam de mera informação para mim. Mas que eu adoro e o meu muito obrigada por o fazerem,pois não me satisfaço com os dissabores alheios.
A inveja existe,em quase todos os componentes:  seja pelo emprego que se tem, pela familia que se tem, pela roupa que se veste, pela casa onde se vive, por infinitamente outros aspectos,porque o assunto é,infelizmente, vasto. E aparentemente,já nem os blogues escapam.
A essas pessoas dominadas e engolidas por tal espécie de sentimento,só me ocorre dizer: get a life.      

                                            

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

daquilo que nunca me farto

imagem retirada da net.
  
um dos ingredientes fundamentais da minha vida, são os livros.
É como se sentisse que ao fazer-me acompanhar de um livro, nunca estarei sozinha. Por isso é que, lá está, nunca o estou: há sempre um livro comigo.
Das melhores companhias e das melhores prendas para se dar e receber.
É um prazer, uma abstracção, uma fuga, uma viagem, um vício.
A última aquisição foi este do Afonso Cruz, com uma critica esmagadoramente positiva e cuja sinopse estapafurdiamente sedutora, me conquistou.
Estou desejosa por o começar e mergulhar de cabeça nesta história. Mas antes tenho de terminar as 684 páginas que ainda agora comecei a ler...é caso para dizer que adoro viver no mundo das palavras escritas...sem ponto final.




  

terça-feira, 5 de novembro de 2013

O desejo e as fugas

Aproveitando a maré dos momentos especiais,nada como rumar ao campo,onde o silêncio e a quietude contrastam com a parafernália dos dias comuns.
Precisávamos disso,como de alimento para a boca.
Nestes sítios sinto-me inteiramente capaz de esquecer de forma autêntica o que é a pressão, o stress,os dias esgotantes e freneticamente agitados,dias esses em que somos literalmente engolidos pelos afazeres da vida quotidiana e o sumo essencial que se tira no final,é muito muito pouco.
Não é suposto viver-se constantemente atolado em trabalho,na pasmaceira de lugares-comuns e no "fazer-contas-á-vida".
A vida não está fácil,o dinheiro "encolhe" cada vez mais, a consternação na cara das pessoas cresce a olhos vistos e parecemos impregnar-nos de uma absoluta resignação e placidez dos dias.
Eu não fujo a isto,porque isto infelizmente é inevitável. Uns dias mais do que outros.
Por isso, ás vezes é preciso dizer um grande "que se lixe!" e dar asas ao desejo. Viver. Acima de tudo, Viver,como deve de ser.
Quando assim é,vamos lá dar um passeio e poisar a vista em sítios novos e bonitos, rodear-mo-nos do som que os ouvidos merecem e alimentar a alma...!
E no seguimento disto,porque a vida não é só pagar contas e trabalhar para as poder pagar,há que nos sabermos mimar com aquele objecto de desejo que já há algum tempo habita no nosso subconsciente.
No meu caso em particular,as lojas virtuais que encontro,tornam-se mais perigosas do que as lojas físicas (para as quais confesso ter cada vez menos paciência). O amazon e o etsy estão no topo da lista, "passeio" por lá várias vezes, o carrinho de compras vai sendo carregado e uma vez por outra,dou-me uma prenda,porque mereço. E não começo a fazer contas,porque o peso na consciência é algo que não me assiste - ando sempre com ela, a consciência, tranquilíssima.
Isto tudo para concluir que há momentos em que temos mesmo de "fugir" e soltar o desejo que há em nós.








Visita a Monsanto; passear onde o chão é verde; um livro sobre uma paixão que tenho: caravanas (e se tiverem um toque vintage,ainda melhor..!); uma mochila (andava há um bom tempo á procura de uma que me enchesse as medidas) handmade encontrada numa loja maravilhosa no etsy.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

os dias em que somos particularmente felizes

Sempre vi o dia de aniversário como "aquele" dia em que somos ainda mais vibrantes com a vida, porque há ali um misto particular de boa energia e sensações .
E sempre lhe irei dar valor,porque ele,o dia,existe mesmo para isso: para lhe darmos valor.
Como tal, e mais uma vez, rodeei-me de tudo aquilo e de quem me faz feliz e fiz valer o carpe diem do meu dia.
Foram 24 horas de festejo,que começam sempre de véspera.
A mim resta-me um coração cheio de bons momentos, de pessoas bem humoradas, de sentimentos fortes e de sítios únicos.
E uma gratidão enorme pela vida que tenho.















  

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

a idade é tão somente nada










Estou a dias de fazer 37 anos.
Jamais verei o reflexo de qualquer combinação de dígitos em mim.
Isto porque ainda revejo na minha forma de ser,convicções e pensamentos com os quais travei conhecimento e moldaram o meu eu, enquanto criança.
Nessa tenra idade, brincava,sonhava,criava ilusões e tinha simultaneamente atitudes de pessoa adulta,posturas determinadas que ainda hoje a minha mãe me confirma e relembra.
Hoje,adulta,tenho fraquezas,laivos de incerteza,momentos de inegável impotência por querer fazer mais,querer poder mais,querer dar mais de mim,querer quebrar o aço gélido do que é injusto e me revolta.
Sou um ser sem idade tangível,contabilizável,quantificada.
Não me posso classificar nem tão pouco reflectir,ou resumir-me tão somente num número.
Sou tudo. E por vezes sinto-me um nada.
Uma partícula ínfima,no meio de biliões de partículas que estão de passagem.
E no entanto não me reduzo. Jamais.

A idade é nada: vejo adultos com birras de miúdos e miúdos a comportarem-se como adultos.
Eu sou uma miúda. Uma miúda em corpo de pessoa adulta.
Uma pessoa adulta que continua a gostar de brincar,sonhar e criar ilusões,como quando era criança.
  

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Aqueles momentos em que o universo conspira a favor

 Fim de semana.
em que só me ocorre pensar avidamente em coisas aconchegantes e descanso (muito!),tudo
obviamente dentro do possível,mas a partir do momento em que sei que no dia seguinte não haverá despertador programado para me acordar a hora imprópria (para mim,tudo o que seja acordar antes das 7h30 é impróprio),já me dou por imensamente satisfeita. Tudo o resto há-de fluir,ao seu ritmo.
E como eu gosto desta fluidez implícita no ritmo natural da vida.
Apetece-me (muito!) ficar um par de horas na cozinha e nisto tem uma grande parte de culpa este blogue maravilhoso,do qual já me tornei seguidora assídua e que tem a fantástica conjugação (feita na perfeição,diga-se) de : fotografia,viagens e receitas. Quando as conjugações são feitas de tal forma sedutora,eu apaixono-me perdidamente e depois é um caso sério.
Apetece-me enroscar-me no sofá a ver um bom filme ou a ler um livro.
Apetece-me ter em mim todos os minutos do mundo e que,sendo isto possível,pudesse converter cada um desses minutos,no tempo que me aprouvesse.
Apetece-me levitar a consciência,colocar em modo "descanso" a parte demasiado cerebral e esvaziar a cabeça,nem que por momentos fosse. 
Apetece-me ficar por momentos quieta,a ouvir na perfeição o mais pequeno som que me rodeia e a chuva que bate nas janelas.
Apetece-me ficar assim,como estou neste preciso e exacto momento,em que sinto que nada me falta e me acompanha a ilusão de ter de facto em mim,todos os minutos do mundo.
*Bom fim de semana a quem por aqui passa* 









segunda-feira, 14 de outubro de 2013

coisas inexplicáveis


E depois há aqueles dias em que te levantas da cama e acabas minutos depois,inerte no chão da casa de banho,por segundos com a alma mergulhada no negro da inconsciência e quando despertas,concluis que há definitivamente alguém,algures,que olha por ti. Ou isso, ou as 99,9% de probabilidades que tive de partir a cabeça (mas que,lá está,não aconteceu) fazerem sem dúvida parte das estatísticas dos ditos milagres.
Para bem da minha saúde,é bom que não volte a acontecer outra igual,pois não acredito que este tipo de "sorte" seja muito reincidente...

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

a pura e real energia

É sem dúvida,a de mãe.
Das mães que despertam quando ainda a luz da manhã é uma pequeníssima miragem;que trabalham não só fora,mas também dentro de casa (e que trabalheira dos diabos!),das que, adversidades á parte, procuram ver sempre o copo "meio-cheio" e declinam perante a perspectiva do copo "meio-vazio"; das que alicerçam indestrutivelmente um lar e protegem o seu precioso "núcleo" contra tudo e acima de tudo; das que chegam ao final do dia e quando tudo nelas transpira cansaço,se recusam a desistir de sorrir e persistem em manterem-se de pé,em prol do que de facto é merecedor de todo o esforço e resistência; das que finalmente se deitam extenuadas,é um facto,mas com o coração cheio.
Prontas para no dia seguinte, começar tudo de novo.







   

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Outubro

 Conversa,hoje,com uma amiga:

"hoje já me lembrei muito de ti."
"então porquê...?"
" porque começa o teu mês e isso é bom..."

o "bom" nesta pequena conversa,pressupõe "festa". Uma festa que já se tornou uma tradição muito particular,que já dura há anos.
o "bom" para mim,é acima de tudo o aconchego que este mês me traz,de cenários, de memórias de infância, de sentimentos e recordações que o tempo pode esbater,mas nunca apagar.
Outubro faz parte dos meus lugares estranhos que eu procuro sempre revisitar, tantas vezes quanto necessário, todos os meses do ano.