quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

os melhores presentes

são livros.
Já o disse aqui várias vezes, e enquanto existir,continuarei a dizê-lo. Os livros são as minhas prendas requisitadas,esperadas,recomendadas e desejadas,prendas essas que descubro e desembrulho num recato natural. A euforia essa, é toda canalizada no momento em que a minha miúda abre, com uma mestria infantil delicada, as suas próprias prendas - aí,eu sou miúda outra vez e faço do entusiasmo dela,o meu próprio entusiasmo.
Os livros que destaco do meu lote natalício, são estes:


The New Artisans
*para quem aprecia artesanato e todo o produto derivado da criatividade,aqui está um livro excelente,que exibe uma mão cheia de artesãos de todo o mundo,com as suas variadíssimas criações. E Portugal encontra-se também aqui e muito bem representado.





 Contos Completos dos Irmãos Grimm
* são 1000 páginas que mal soube que existiam,entraram para a minha wishlist. Já tenho uma colecção infinita de histórias ( e das boas!) para ler a ela.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

agora é a vez do natal






Pronto. É dia 23 de Dezembro,a contagem decrescente iniciou-se,o Natal está mesmo a bater à porta,cá em casa está tudo bem, por isso vamos lá festejar. É que há aqui uma pequenina que, já deu para perceber que adora tudo o que seja festa,música,palhaçada e "reinação". Estamos cá para lhe fazer essa vontade,com todo o prazer deste mundo.
Por isso, não deixem que este espírito de festa se limite apenas aos mais pequeninos e partilhem-no genuinamente,com vocês próprios e com quem mais amam,com muitas doses de riso à mistura.
Acredito cegamente que é isto que se leva de melhor na vida, e não o "iphone xptohdy" ou a playstation ou seja lá que treta fôr que implique muitos euros.

Um Natal cheio destes bons e alegres momentos para vocês que por aqui passam :)

sábado, 21 de dezembro de 2013

o que resta



Confesso que nesta última semana não me lembrei do natal,a não ser pelas luzes e pela parafernália circundante de todo um espírito que forçosamente se impõe e que como tal,serviram para criar lembretes na minha consciência.
Confesso também que, esta foi uma das semanas mais pesadas que já tive. Foram dores de outros, dores alheias,dores imensas e indecifráveis de quem perde tudo e que eu,pela proximidade e afecto, as senti quase como minhas.
São estas experiências de vida, que traduzem simultaneamente, a grandeza e a fragilidade da nossa existência: a fragilidade deste limbo entre um mundo e outro; a grandeza, de valores tão gigantes,quanto o humanismo no seu estado puro, a amizade, o companheirismo, o "saber estar lá para tudo".
A Grandeza de quem tanto perdeu, mas que abarca em si toda a força do mundo para continuar, fazendo com que a maior das atrocidades pareça um poema, um poema belo e triste.

Tudo o resto,guarda-se cá dentro.
Para o resto da vida.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Quando o pior de tudo acontece

É surreal.
Surreal a forma sob a qual, por vezes a vida se escreve em estranhos desígnios, desafiando as próprias leis da existência. Escreve-se segundo coordenadas macabras e com vocabulário que nem sequer foi inventado. Porque os inventores das palavras não conseguiram qualificar,adjectivar,nomear quem perde um filho. Há um nome para quem fica sem pais: órfão. Há um nome para quem fica sem o seu cônjuge: viúvo.
Não há nome para se dar a quem perde um filho. Porque não era suposto acontecer .
Porque de todos os acontecimentos anti-natura que existem no mundo, este é o mais duro de todos.
Depois disto não há mais nada: o chão dilui-se debaixo dos pés, o céu azul deixa de fazer sentido e o coração,que batia dentro e fora do corpo de um pai/mãe, morre definitivamente,juntamente com a vida tremenda que se apagou.
Depois de se perder um filho, não se consegue perder mais nada, porque já se perdeu tudo. 
Para sempre.
E de todos os retornos impossíveis,este é o mais impossível e aterradoramente esmagador.


    à memória do V.  (2012-2013)
















quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Bonecas

Quando era pequena gostava de bonecas,mas não tanto quanto gostava de livros e de legos.
Agora, tenho o meu amor-maior, a minha boneca de cabelos louros e olhos azuis,que adora livros, legos e quanto a bonecas, quer apenas uma: a de pano,que lhe foi oferecida quando ainda era um bebé com poucos dias e que desde então não a larga. Não quer mais nenhuma,apenas a boneca Camila. A Camila, que desconfio chegar a ser uma réstea de trapo gasto pelo uso e pelo tempo, e no entanto continuar a existir singularmente no coração da minha boneca.
Faz-me lembrar o cobertor inseparável do amigo do Charlie Brown.
Faz-me desejar que estes deliciosos vestígios de criança espalhados pela casa fora, não desapareçam nunca, faz-me querer abraçá-la a ela, a minha boneca de cabelos louros e olhos azuis e cristalizar o tempo,para que para sempre, seja ela pequenina. Ela, a minha boneca.
Também eu adoro bonecas de pano, e mesmo a propósito, hoje descobri no blogue da Mariana, uma maravilha onde para além das bonecas,há todo um universo terno e apaziguador, que me agrada muito.
E que seja eterna a criança que vive dentro de nós.










   

Estabelecer prioridades

Estabelecer prioridades e relativizar muita coisa. Muita coisa que merece ser relativizada.
Escreve-vos uma pessoa que não,não é o suprassumo do zen, que não está sempre e nem sempre esteve na boa onda do peace & love.
Escreve-vos uma pessoa que cada vez mais se esforça por o ser (zen) e por o estar (peace & love).
E concluo também,cada vez mais, que este processo de amadurecimento interior,é tanto mais compensador,quanto mais "pequenas" dificuldades e entraves e Seres negativos, nos circundem.
E quem me conhece bem,sabe que isto não é só conversa, nem o paleio-cliché típico de quadra natalícia.
Problemático é quando o chão nos falta

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

it's Christmas time

 Tenho saudades dos tempos em que era eu a criança e vivia a temporada natalíca,tal como uma criança a deve viver, impregnada de alegria e muito,muito entusiasmo.
Não sendo eu mais essa criança, esse legado de magia deixo-o inteiramente á minha filha,que ainda dando os seus primeiros passos conscientes nestas andanças natalícias,já se apercebe de que há muita coisa especial e fora do habitual á sua volta.
Assim sendo,o dia de preparação para a entrada do natal cá em casa,foi uma tarefa demorada e com a.....

.............cadência natural que a presença de uma criança de 2 anos curiosa,permite.
 "Não faz mal,está tudo bem". - tem sido esta a minha frase mais frequente nos últimos tempos.
Porque é a mais pura verdade. Dentro deste pequeno-grande mundo,que é a nossa casa, quase que nos esquecemos do que se passa "lá fora" e por instantes,acreditamos que o universo inteiro é mesmo perfeito e tudo é justo e se conjuga da melhor maneira.
Cada vez menos perco tempo a pensar no que não interessa. E nunca me foi tão natural e fácil fazê-lo,como agora.
Prefiro perder-me em pensamentos bons e admirar o que de bom se passa á minha volta.

 . a árvore cá de casa




.nem a cozinha escapa



 . a "desajuda" preciosa deste pequeno e maravilhoso Ser



 .vista deliciosa no terraço de ternuras felinas



.um livro que me chegou hoje ás mãos e que é um regalo, para quem gosta de cozinhar com ervas aromáticas. Parabéns Patricia pelo excelente trabalho e obrigada pela dedicatória :)


let's just keep it simple.  

e como comecei este post,falando do meu saudosismo natalício,quando era criança, vem mesmo a propósito esta música,remetendo-me ao natal de 1984.